domingo, 4 de dezembro de 2011

Aprenda bem: Deus nunca é injusto!

A pergunta retórica feita pelo apóstolo Paulo mostra bem a sua sapiência, antecipando em muito a mesma indagação que fariam os teólogos de plantão ao longo do tempo. Já se passaram quase dois mil anos, e ainda ouço os ecos por aí. De um lado, alguns grupos recitando o seu cansativo 'mantra' a respeito de uma tal escritura trôpega e manquitola, que não se autentica por si mesma e pelos seus enunciados, necessitando da 'interpretação' humana para, enfim, tornar-se a "palavra de deus" (assim com minúsculas mesmo). De outro lado, outro grupo igualmente 'sábio' a festejar os seus próprios conceitos, formulados pelas suas mentes carnais numa tentativa de 'demitologizar' as Escrituras, seja lá o que isso signifique.

Assevero que tenho minhas cautelas com tudo que venha acompanhado do prefixo "novo" ou "neo". Isso não significa que seja avesso a mudanças. É que esse prefixo insufla nas pessoas uma autoridade tal capaz de inculcar-lhes autoridade para desfazer o "velho", cuja premissa fundamental se assenta na infalibilidade dos novos conceitos. E, a partir daí, a ideia nova quase que satiriza o grande arcabouço de estudos a desaguar naquela interpretação anterior, como se o que está posto é ruim, ou obsoleto, ou ultrapassado, não pelo seu conteúdo, mas porque a dinâmica assim exige.

Observo pessoas com novas ideias por aí não a indagar retoricamente como Paulo fez em sua Epístola "Aos Romanos", no capítulo e versículo epigrafados ao início, mas a afirmar peremptoriamente não crer no Deus bíblico, especialmente naquele que afirma categoricamente fazer o que lhe apraz do barro em Suas mãos, por ser Ele o Oleiro. Testificam sobre um deus de bondade e amor, construído por suas mentes e que lhes foi revelado pela experiência, normalmente em sessões emocionais, fruto de catarse.

Quando propomos o Deus bíblico, insondável, misericordioso, mas também justo; aquEle que decreta o bem e o mal; o mesmo que faz vasos de honra e desonra, de ira e de misericórdia, segundo a Sua vontade; esse Deus despótico das Escrituras, que tudo fez e tudo pode, religiosos de todas as correntes "cristãs" ficam a postos, em defensiva, armando-se dos seus proselitismos vazios e insensatos para demolir o Deus das Escrituras. Todavia, fazem-no não com argumentos racionais e embasados na Palavra da Verdade, mas exclusivamente valendo-se de critérios subjetivos, seja no relativismo tão em voga, ou no pragmatismo que quer sepultar a inerrância das Escrituras.

Seria Deus injusto? Faço eu a mesma pergunta retórica feita pelo apóstolo Paulo outrora, no acender das luzes do cristianismo. É injusto o Deus que amou Jacó e odiou Esaú, ainda quando os gêmeos não eram nascidos e não tinham feito bem ou mal? É injusto o Deus que da mesma massa faz vasos para o bem e outros para o mal? Se as Escrituras desenham tão claramente esse Deus soberano e ao mesmo tempo discricionário, quem, das Suas criaturas, pode discutir com Ele? E se ainda assim discutir, quem prevalecerá sobre Ele?

A Bíblia está repleta de passagens em que Deus se afirma Senhor do Universo, Soberano, Incontestável. Seja no Livro do Profeta Isaías ou em Romanos, no Velho ou no Novo Testamento, Ele se afirma como o Oleiro, a fazer da massa o que Lhe apraz. E a massa somos nós, criaturas vindas dEle, criadas por Ele, cuja matéria foi entretecida na eternidade, quando nenhuma matéria havia. Esse Deus Todo Poderoso tem direitos absolutos sobre toda a criação, a despeito de aceitarem ou não as Suas criaturas, de aquiescerem ou não com Seus métodos.

O Soberano da retórica de Paulo não se associa com as suas criaturas em prol de um projeto de salvação, a fim de redimir a criação, mas o faz para a Sua própria glória, circunscrito àquilo que projetou na eternidade, antes que o mundo fosse mundo. Antes mesmo que o universo fosse criado, ou que os anjos viessem a existir. Não há participação humana no processo da redenção pela simples razão de o homem ser resultado do projeto engendrado unicamente por Ele na eternidade antes de tudo. E ainda que nada existisse, tudo estava completo, porque na Sua mente Eterna o Projeto se encontrava perfeitamente "desenhado", não como um esboço, mas como obra perfeita e acabada.

Portanto, aquela retórica do apóstolo Paulo citada ao início, proveniente de Romanos 9.14, ainda permanece tão atual como quando foi elaborada: "há injustiça da parte de Deus? E a resposta igualmente permanece a mesma: "De maneira nenhuma".

Quer queiram, quer não queiram os teólogos espalhafatosos, que se repetem ao longo de quase dois mil anos, o mesmo Deus do Antigo Testamento é o Deus do Novo Testamento, que é o Deus que permanece hoje guiando a Sua Igreja através de Cristo e orientando os Seus com o Espírito Santo, dando-lhes sabedoria e discernimento para permanecerem firmes sem retroceder jamais, seguindo sempre avante, travando o bom combate e mantendo a fé até o final.

Deus Existe?

Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
- Deus fez tudo que existe?
- Um estudante respondeu corajosamente: - "Sim, fez!"
- Deus fez tudo, mesmo?
- Sim, professor - respondeu o jovem.
- O professor replicou:
- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.
O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.
Outro estudante levantou sua mão e disse:
- Posso lhe fazer uma pergunta, professor?
- Sem dúvida, respondeu-lhe o professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe?
- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?
O rapaz respondeu:
- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
- E a escuridão, existe? - continuou o estudante.
O professor respondeu:
- Mas é claro que sim.
O estudante respondeu:
- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda.
- A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca.
- Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço?
- Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo?
Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
- Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
- Diga, professor, o mal existe?
- Ele respondeu:
- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.
Então o estudante respondeu:
- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou o amor, que existem como existe a luz e o calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

Fonte:
 (Koinonia) 

Qual é o melhor: Orar ou Reclamar? se você sabe a resposta por que ainda reclama?

Pessoas que reclamam demais nos norteiam todos os dias. Reclamam de seus empregos, de seus filhos, de suas frustrações e de cada ponto de suas vidas. Alguém poderá dizer que reclamar é algo normal e outros assegurar que é até uma atitude saudável. Bem, pode ser, mas creio que isto não se aplica aos cristãos que oram.


Quem ora não tem do que reclamar, pois a partir do momento que oramos, os problemas deixam de ser nossos e passam a estar nas mãos de Deus. Se, depois de orarmos, continuamos a reclamar, fazemos isso sem direito algum, pois estamos reclamando daquilo que não mais nos pertence. Podemos reclamar quando os motivos da reclamação estiverem sob nosso poder, mas ao momento que colocarmos nas mãos do Altíssimo, deixamos de reclamar e passamos a confiar no Senhor e no seu incomensurável poder. 

O apóstolo Pedro escreveu em sua primeira epístola: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte; lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" (1 Pe 5.6,7).  É interessante notar como no versículo anterior (v. 5), o apóstolo orienta: "cingi-vos todos de humildade". Isso será importante para quando "em tempo oportuno - gr. kairós - "no tempo certo" -, ele nos exaltar" (v. 7).

A exaltação de Deus, não no sentido de engrandecer-nos, como alguns pensam e querem, mas de abençoar-nos, não nos deixa soberbos, porque "Deus resiste aos soberbos", mas faz com que a nossa humildade permaneça, pois "aos humildes, Deus concede a sua graça".

Preocupações pessoais, angústias familiares, ansiedade pelo presente, cuidados pelo futuro, por nós mesmos, por outros, pela igreja, tudo isso e mais um pouco, somos convidados a lançarmos sobre Deus. Somos instados a pararmos de reclamar e descansarmos em Deus. As Escrituras asseguram: Ele cuida de nós!

E como podemos lançar nossas ansiedades em Deus? Podemos o fazer na oração (Sl 37.4, Mt 6.33). O deleitar-se em Deus faz com que deixemos que as demais coisas sejam acrescentadas em nossas vidas pelo Senhor (Mt 6.33b). Assim, nossa oração é agradável a Deus, não somente porque oramos, mas também porque paramos para orar e cremos em sua provisão. Largamos as outras coisas e nos apresentamos diante do trono de Deus, por considerarmos este segundo infinitamente mais importante que as demais coisas.

Portanto, quem vive reclamando mostra que não confia em seu Senhor e não crê em seu infinito poder, pois quem descansa em Deus não tem motivos para reclamações e dores de cabeça, pois creem que o Senhor é "galardoador daqueles que o buscam" (Hb. 11.6).

Matthew Henry, em seu comentário sobre o cap. 6 de Mateus, disse: "A conclusão de todo o assunto é que é a vontade e o mandamento do Senhor Jesus que, pelas orações diárias, possamos obter força para sustentar-nos sob nossos problemas cotidianos, e armar-nos contra as tentações que os acompanham e não deixar que nenhuma dessas coisas nos comovam. Bem-aventurados os que tomam o Senhor como seu Deus, e dão plena prova disso confiando-se totalmente a sua sabia disposição". Confiar e descansar - não reclamar! - é a ordem para nós!