sábado, 6 de outubro de 2012

Entendendo Jesus como o Verbo de Deus através de uma carteira de motorista


Você já tirou sua carteira de motorista? Quase todo mundo já passou por esta experiência ou vai passar um dia.

No início desse processo, a autoescola lhe manda fazer aulas com um instrutor. Esse professor, para lhe ensinar, começa passar algumas “instruções” do que você deve fazer; na verdade, são frases que você precisa memorizar para conseguir dirigir.

Por exemplo: para o instrutor te ensinar a sair com o carro, ele usa frases como: “Ligue o carro”, ” Pise na embreagem”, “Coloque a primeira marcha”, ” Agora acelere um pouco e tire o pé da embreagem”. E você fica ali, naquela tensão, tentando se concentrar naquelas instruções. Depois que você aprende a sair com o veículo, Ele fala: “Ok, agora, quando o carro pegar uma velocidade, você pisa na embreagem, coloca a segunda marcha, solta a embreagem e acelera novamente”. No começo, parece um bicho de sete cabeças e parece que será impossível conseguir dirigir.

Você já andou com alguém que tinha acabado de pegar a carteira de motorista? É muito engraçado, pois eles, os recém-habilitados, andam tão tensos que não conseguem nem conversar ao mesmo tempo, pois se eles pensarem em outra coisa, vão se esquecer das instruções. Então, geralmente, eles colocam o queixo em cima do volante, e ficam revisando em pensamento: “Pisa na embreagem, coloca primeira marcha, agora acelera um pouco e vai soltando a embreagem”. “Dê seta antes de virar”, “Pare nas esquinas para verificar se não vem ninguém”, “Pare na faixa de pedestre”...

Perceba que a pessoa que está aprendendo a dirigir tem apenas “Frases”, “instruções” em sua mente, para, então, aquele pensamento virar uma ação. Ela tem apenas o “verbo” para se guiar.

Agora, quando você começa a praticar, a se desenvolver, quando você começa a fazer isso todos os dias, durante horas no dia, aquilo que era instrução vai se tornando comportamento automático, ou, talvez, podemos dizer que aquilo que era “verbo” vai se tornando “carne”.

Se você já dirige há alguns anos, você sabe que consegue perfeitamente conversar com alguém no carro e continuar fazendo todas as manobras, trocando a marcha, dando seta, parando nas esquinas. E por que isso? Porque estas instruções já se transformaram em carne na sua vida, elas já viraram parte de você.

Quando Deus olha lá de cima e percebe que ninguém consegue viver as instruções que Ele passou (a lei), Ele decide descer até aqui e mostrar como é que se faz. João descreve isso da seguinte forma: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós…” (Jo 1.14). “E o que antes era ‘verbo’ agora se tornou ‘carne’. Jesus fazia tudo que está escrito na Palavra de Deus no automático, tudo”.

Quando Ele via um doente, era automático ir até o doente e curá-lo. Ele amava automaticamente, ele era manso automaticamente, ele era humilde automaticamente, pois o verbo veio ao mundo em forma de carne, mas para mostrar a todos como se deve fazer.

Tudo que Jesus fez na terra foi por um propósito. E esse propósito é que eu e você possamos copiá-lo. Ele diz em João 13.15: “Eu lhes dei o exemplo para que vocês façam como eu lhes fiz”. Tudo que ele fez foi para que você pudesse se tornar um reflexo dEle.

Se você, hoje, pegar as instruções que a Palavra de Deus lhe dá, o modelo que Jesus deixou, e começar a praticar, tudo isso que no início é ‘verbo’, com o passar do tempo vai se tornar ‘carne’. Você passará a amar no automático, perdoar no automático, servir no automático, ser uma cópia de Jesus no automático.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Você está cansado de prometer que vai parar de pecar?


A cena se repete praticamente a cada final de semana. Louvores, orações, mensagens impactantes. Até que num determinado momento a pessoa se arrepende, quebranta-se e se rende. A rendição muitas vezes é oficializada pela promessa de que nunca mais irá praticar os pecados que a fragilizam. Por alguns dias, ou meses, até consegue. A fraqueza, no entanto, se mostra forte e faz ruir as promessas feitas. Até que surge um novo arrependimento, uma nova promessa, uma nova queda, criando um ciclo enlouquecedor e frustrante.

Por que tantos se envolvem nestes ciclos de pecados? Semana passada ouvi uma piada que pode ajudar nossa compreensão, acompanhe. Dois amigos, cansados da escravidão com o álcool decidiram parar de beber. Amigo, a bebida está acabando com a gente e com nossa família, vamos parar? Vamos! Para comemorar, semana que vem vamos pescar? Vamos. A semana passou sem que bebessem. Quando se encontraram para irem pescar, um deles carregava duas sacolas. Que sacola é essa amigo? É bebida. Como assim, a gente não prometeu parar?! Não é para beber. Imagina que nós estamos pescando, de repente surge uma cobra e dá uma picada, é só jogar bebida na picada e tomar um gole pra não sentir dor. Bem pensado, e essa outra sacola, o que é? Ah, nessa sacola eu estou levando a cobra, vai que não aparece nenhuma!…

Como piada, tem lá sua graça. Como realidade de vida é simplesmente lamentável. Tem muita gente prometendo parar com pecados exatamente como os dois sujeitos da piada. Sabiam das conseqüências danosas do álcool, mas simplesmente não conseguiram abrir mão do vício. As duas sacolas da piada representam nosso estoque de desculpas para os nossos erros.

Você já deve ter visto e ouvido pessoas atribuírem as culpas pelos seus erros ao diabo. Elas nunca erram, nunca têm culpa de nada, é sempre a cobra que leva a culpa. O detalhe é que o boteco e as amizades que lá se cultiva, as festas da empresa regadas a bebidas, parceiros sexuais e outras coisas mais, as farras acadêmicas inimagináveis pelos paistrocinadores, nada mais são do que as sacolas propositalmente carregadas, prontas para viabilizarem os pecados que se prometeu não mais praticar.

Esvazie esse tipo de sacola. Evite esse tipo de pescaria. Fuja do caminho que leva a prática certa do pecado. A cobra do Éden continua seduzindo e enganando, continua roubando, matando e destruindo. Mas só o faz contra aqueles que abrem brechas, baixam a guarda, deixam espaço nas sacolas chamadas coração e mente. Cuide bem do seu coração, dele precedem as saídas para uma vida plena, preencha sua mente com salmos, hinos e cânticos espirituais.

Mas como? Pergunta o cansado de prometer e não cumprir. Tenho que ficar o tempo todo na igreja, cantando, cantando e cantando? Não, cuidar do coração e preencher os espaços da mente com salmos, hinos e cânticos espirituais apontam para uma maior profundidade. A poesia bíblica está saturada de vida real. Tem lamento, enfermidade, dor, sofrimento, traição, angústia, perigo, fome, solidão, medo. Mas também tem triunfo, socorro, vitória, êxtase, afeto, milagre, amor, família, filhos, trabalho, conquista.

Ou seja, a poesia bíblica nos inspira e nos desafia a vivermos uma vida cristã integral e autêntica em toda e qualquer fase, sabendo que nosso Pai está presente e se importa o tempo todo. Deixemos de atrapalhar os planos de Deus, o melhor é o que Ele planeja e quer para cada filho. Somos fracos, Ele é forte. Somos incapazes, Ele é capaz. Nas sacolas chamadas coração e mente já é tempo de liberarmos espaço somente para Ele.


Ore para encontrar, não encontre para orar.


Um dos grandes erros que um (a) jovem comete, em sua vida sentimental, é iniciar uma busca por uma (um) companheira (o) e, ao encontrar alguém que o (a) agrade, começa a orar por esta pessoa.

O problema deste método de escolha é que a busca pela “pessoa certa” é feita carnalmente, e depois de ter escolhido com os olhos deste mundo, se pede “ajuda do céu” para que este relacionamento dê certo.

Só que o método que Deus nos propõe é: ore e depois escolha. Quando estamos em um processo de oração em favor de nossa vida sentimental, Deus faz com que as pessoas certas, para nós, se destaquem aos nossos olhos, e as pessoas erradas passem desapercebidas.

Em Genesis 24, Abraão pede para seu servo ir até a cidade onde os parentes dele vivam, a fim de escolher uma esposa para seu filho. O servo pega 10 camelos, enche-os de presentes e sai em busca da “pessoa certa” para Isaque. Veja o método de escolha que este sábio homem usa:

Quando o empregado chegou, fez os camelos se ajoelharem perto do poço, fora da cidade. Era de tardinha, a hora em que as mulheres vinham buscar água. Aí ele orou assim: — Ó Senhor, Deus do meu patrão Abraão, faze com que tudo dê certo e sê bondoso para o meu patrão” (Gênesis 24.11,12)

Ele para diante do lugar onde as moças passavam, e antes de escolher, ele orou. E a Bíblia diz, no verso 15, que ele nem havia terminado a oração e Rebeca apareceu para pegar água.

É no meio de nossa vida de oração, é durante o nosso clamor, que Deus vai atrair os nossos olhos àquele (a) que Ele sonhou para nós. A oração não apenas nos ajuda a fazer a vontade de Deus, mas também a negar a nossa própria. Ela cega nossos olhos carnais, que querem nos atrair a caminhos de morte, e abre nossos olhos espirituais que nos levam a vida abundante que Ele tem preparado a nós.

A Palavra de Deus é muito clara em Jeremias 17.9, ao dizer que o nosso coração é enganoso. Por isso, não espere que seu coração se envolva com alguém para você começar a buscar a Deus, mas comece a buscar a Deus e deixe que Ele encontre para você alguém segundo o coração dEle.

Portanto, ORE para ENCONTRAR, não ENCONTRE para ORAR.